segunda-feira, junho 27, 2005

Soneto do Maior Amor

Maior amor nem mais estranho existe
Que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando a sente alegre, fica triste
E se a vê descontente, dá risada

E que só fica em paz se lhe resiste
O amado coração, e que se agrada
Mais da eterna aventura em que persiste
Que de uma vida mal aventurada.

Louco amor meu que quando toca, fere
E quando fere vibra, mas prefere
Ferir a fenecer - e vive a esmo

Fiel à sua lei de cada instante
Desassombrado, doido, delirante
Numa paixão de tudo e de si mesmo

Vinicius de Moraes

3 Comments:

Blogger SL said...

É lindo sim senhora!
Jinho, espero que esteja bem...

quarta-feira, junho 29, 2005 2:37:00 PM  
Blogger Andre_Ferreira said...

O amor é por vezes como nesse poema, não sei se isso é bom ou não...

Beijinhos

segunda-feira, julho 04, 2005 4:27:00 PM  
Blogger Artigos legais said...

Gostei do que você escreve e da forma como você escreve, sem dúvida, retornarei. Se der, da uma passada no meu.

sexta-feira, julho 15, 2005 11:46:00 PM  

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